quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Treinamento Funcional, a bola da vez

Esta matéria foi veiculada em 2002 em uma edição da Revista Veja Especial Saúde. Na época, eu atuava com musculação e pretendia mudar o foco do meu trabalho, e por coincidência, essa revista chegou às minhas mãos através de minha namorada.




Esta edição especial trazia as novidades do mercado fitness para o verão daquela temporada. Nada muito diferente, aquele esquema todo de aulas criadas por empresas para venderem aos professores, algo que nunca me chamou atenção, pois nunca gostei das coisas prontas, enfim, sempre procurei pesquisar e moldar as atividaddes que aplico às necessidades de cada aluno. Mas quando me deparei com a matéria sobre Treinamento Funcional, aí a coisa foi diferente. Posso dizer que foi interesse ( ou paixão?) à primeira vista. Então comecei a procurar cursos e profissionais que atuassem com este trabalho aqui em Porto Alegre. Não encontrei nem curso, muito menos profissionais que conhecessem o assunto. Então fui a luta em busca de materiail didático sobre o tema, e acabei comprando minha bola e algumas faixas elásticas.




Quando entrava na academia com minha Fitball para atender alguns alunos, as piadas por parte dos outros profissionais chegavam a tal ponto de dizer que eu estava treinando com a bola do Quico (personagem do Chaves). Mas deixa estar, hoje esse professor que proferiu essa frase continua no "feijão com arroz", ainda conhece apenas a musculação em sua carreira. Enfim, desde então, venho me aperfeiçoando nesse campo cheio de possibilidades e variações, e também que sempre nos possibilita adquirir mais conhecimento, pois como disse... muitas possibilidades e variações.





Em 2004 comecei a trabalhar com ginástica coletiva, onde desenvolvi a aula de Fitball na academia Aerostep, e partir de então, as atividades começaram aos poucos a ser praticadas na sala de musculação, inclusive, por outros profissionais que abriram a mente e aplicam os exercícios com seus alunos. Logo o treinamento Funcional vai ser mais praticado aqui no sul.



Hoje fico muito contente em notar que o treinamento funcional é muito utilizado no centro do país, até mesmo a mídia está dando muito atenção ao assunto. Esses dias, assisti duas matérias na Band sobre aulas com Bosu e Slide, além de uma demonstração ao vivo de alguns exercícios com bola. Além de ver uma matéria com Ronaldo treinando para se apresentar ao Corinthians com Bosu e Fitball. E já que toquei no esporte e no Corinthians, muitos clubes e atletas estão utilizando o treinamento funcional no Brasil, inclusive as categorias de base do timão.




Fiquem com a matéria que me inspirou a incorporar o treinamento funcional em minha carreira, e espero que a mesma e as demais que escrevo e reproduzo aqui no blog, motivem mais profissionais e alunos a praticarem o Treinamento Funcional.





PEITORAIS
Normalmente, os exercícios no Crossover (o aparelho da foto) trabalham apenas os peitorais. Ao fazer o exercício com a bola, para se equilibrar de joelhos sobre ela o aluno tem de contrair o abdome, os glúteos e, sobretudo, a musculatura interna das coxas. Para os iniciantes, a posição ideal sobre a bola é a sentada, que tem grau de dificuldade menor.





O segredo está no equilíbrio
O treinamento funcional trabalha grande parte dos músculos do corpo num único exercício, queima muitas calorias e desenvolve a coordenação motora.
O caminho das imensas bolas de vinil rumo às academias começou a ser trilhado em meados da década de 90. Utilizadas originalmente por fisioterapeutas na recuperação de vítimas de lesões musculares e articulares, elas foram incorporadas primeiro às aulas de alongamento. Em seguida, passaram a ser usadas nas aulas mais leves de ginástica localizada. Agora, estão nas salas de musculação. A definição muscular feita com bolas é chamada de treinamento funcional. Um único exercício é capaz de trabalhar a maioria dos músculos do corpo. Não importa o grupo que se priorize, cada série de movimentos sobre a bola mobiliza 70% de toda a musculatura. E mais: 45 minutos de treinamento funcional queimam, em média, 50% mais calorias do que uma sessão de musculação nos moldes tradicionais. O treino fica mais puxado por causa do esforço que o aluno tem de fazer para se equilibrar sobre a bola. Esse tipo de exercício desenvolve ainda a coordenação motora, a postura e, obviamente, o equilíbrio.



TRÍCEPS
Os tradicionais exercícios de flexão trabalham principalmente os tríceps. Quando feitos na bola, eles exigem muito também do abdome. Com as mãos apoiadas no chão (como na imagem acima), a flexão fica mais fácil. Ainda assim, obriga o aluno a contrair as coxas, os glúteos e a musculatura lombar. Com as mãos apoiadas na bola, o exercício requer mais equilíbrio, o que aumenta o trabalho de todos os músculos do corpo





No treinamento funcional, a flexão, por exemplo, deixa de ser apenas um exercício para desenvolver os tríceps e os peitorais. Com as mãos apoiadas na bola – em vez de firmadas no chão –, o aluno tem de manter o corpo inteiro contraído, especialmente o abdome. Do contrário, a bola zanza de um lado para outro. Criado nos Estados Unidos, o treinamento funcional foi desenvolvido inicialmente para a preparação de atletas profissionais. Ele é muito utilizado, por exemplo, pela equipe americana de basquete Chicago Bulls e por vários pilotos de Fórmula 1. Para cumprir todas as etapas, é preciso ter paciência. Primeiro, o aluno aprende a sentar-se na bola. Depois, a permanecer nessa posição sem encostar os pés no chão. O outro passo é ficar de joelhos. O processo segue até que ele consiga realizar posições complicadíssimas, como aquela em que se faz levantamento de peso, de pé sobre a bola. Além das bolas, o treinamento funcional lança mão de outros acessórios, como rampas e extensores de borracha.


COXAS
No exercício de agachamento (segundo a matéria, mas esse da foto é o stiff), a instabilidade gerada pela plataforma faz com que os alunos trabalhem, além da musculatura das coxas, a da região lombar e de outras partes do corpo, como os glúteos. Além disso, para se manter em cima da rampa, é preciso contrair o abdome. O agachamento sobre rampas desenvolve ainda a concentração e a coordenação motora



PERNAS
Do modo tradicional, o agachamento( na foto acima, passada, lunge, ou afundo) trabalha sobretudo a coxa da perna que está à frente. Na execução do exercício com a bola, a perna de trás também é trabalhada. Para que a bola não "dance", pé, panturrilha e joelho têm de estar contraídos. Como a perna que está à frente precisa equilibrar o corpo inteiro, ela é mais trabalhada no agachamento com bola do que no exercício tradicional










Diferentemente do abdominal tradicional, o que é feito sobre a bola não condiciona apenas os músculos abdominais. Ele também trabalha as coxas e os glúteos. Além de exigir um esforço maior de todo o corpo, a bola protege a lombar de lesões – muito freqüentes nos abdominais feitos no chão. O exercício da foto destina-se ao condicionamento dos músculos inferiores e superiores do abdome.



Exercícios realizados pelos professores Luiz Fernando de Almeida Junior e Patricia Costa de Araújo, da Academia Competition, de São Paulo


http://veja.abril.com.br/especiais/saude_2003/p_032.html


Gostou? Então venha treinar, com certeza você irá sentir a diferença!






Fabiano Piassarollo
"Core Life Performance"
(51)-9198-4039/3337-8924
fabianopiassarollo@terra.com.br

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