Workshop Prático de BOSU
As travas das chuteiras geralmente são consideradas culpadas, as reentrâncias dos gramados são verificadas com minúcia e até a bola dividida é considerada a vilã da história. Mas o quadril, esquecido no meio disso tudo, pode ser a resposta para o rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho em jogadores de futebol. É o que aponta uma pesquisa da UFRGS após a avaliação física de amadores e profissionais.
Mobilidade reduzida de rotação sobrecarrega o joelho e predispõe a lesões de ligamento.
As travas das chuteiras geralmente são consideradas culpadas, as reentrâncias dos gramados são verificadas com minúcia e até a bola dividida é considerada a vilã da história. Mas o quadril, esquecido no meio disso tudo, pode ser a resposta para o rompimento do ligamento cruzado anterior do joelho em jogadores de futebol. É o que aponta uma pesquisa da UFRGS após a avaliação física de amadores e profissionais.
Mais da metade dos que já haviam se machucado foram detectados como “cintura-dura”, nome popular dado à mobilidade rotacional do quadril limitada, o que força os joelhos nos movimentos de giro e causa a lesão.O estudo deixa claro que nem todos poderiam praticar futebol. O formato do encaixe do osso do quadril e a sua posição em relação à bacia – que pode estar projetada mais para a frente ou para trás ou até ser mais aprofundada do que o usual – têm influência direta na rotação da cintura. Conforme as características físicas, o praticante poderá ter maior ou menor capacidade de girar o quadril.– Se o giro do corpo for pequeno, todo o movimento de rotação é transferido para o joelho durante o drible, sobrecarregando a articulação até romper os ligamentos – explica João Ellera Gomes, autor do estudo e professor da Faculdade de Medicina da UFRGS.
Dos 50 jogadores que já haviam sofrido a lesão no ligamento cruzado anterior – responsável por estabilizar a articulação e não permitir que o joelho rode além de um certo limite –, 67% tinham os movimentos de giro do quadril pouco amplos. Chuteiras com travas fundas e até a posição em que o jogador atua aumentam as atividades rotacionais com o tronco – como o drible, a finta e todas que necessitarem de movimento giratório –, potencializando as chances de acidentes.– Os cuidados para a manutenção das articulações devem ser bem maiores – destaca Rafael Reimann Baptista, mestre em Ciência do Movimento Humano.
A soma de todos esses fatores contribuiria para uma lesão. Mas é o quadril que tem papel decisivo no problema.– Ele participa do movimento combinado de rotação do corpo com o tornozelo e o joelho, articulação para onde transfere essa carga. Isso contribui de forma significativa para a lesão, o que o torna, sim, um grande fator facilitador para romper o ligamento – relata Gomes.
Portadora de limitação rotacional do quadril ou não, qualquer pessoa pode sofrer uma lesão semelhante.– Mas os jogadores, por terem intensa atividade nos membros inferiores, têm mais chance – diz Gomes.
SUSAN LIESENBERG Especial
Já postei anteriormente sobre este estudo da UFRGS, mas como a matéria foi publicada novamente no Caderno Vida da ZH, e também devido a sua importância, outra vez a mesma merece espaço por aqui.
Já atuei no futebol, e na época os trabalhos de força eram muito estáticos, ou seja, nos aparelhos da sala de musculação, como extensor e flexor de joelhos, leg press, abdutores e adutores. Ou seja, o trabalho de força não estava voltado a especificidade do movimento que o atleta de futebol realiza em campo, onde as ações são integradas e não isoladas.
O movimento nos treinamentos de força deve ser similar as exigências do jogo, tornando a preparação física de força o mais especifíca possível. A força deve ser treinada em exercícios que priorizem o gesto praticado no jogo, reforçando as cadeias musculares mais exigidas na partida, envolvendo muita mobilidade no tronco e quadril, o que facilita e muito a vida do atleta no campo.
Reparem a foto em que estou em um workshop sobre o BOSU, dando um chute, observem como o meu tronco gira, e ainda mais há a base instável do aparelho, o que no campo pode ser considerado o adversário, ou até mesmo algum desnível do gramado. Ali estou trabalhando um movimento de muita força, utilizando muita potência, e ao mesmo tempo desenvolvendo o equilíbrio e a mobilidade do quadril, além de desenvolver a propriocepção e o controle articular, o que protege contra lesões. É um exercício funcional para o atleta do futebol e de outras modalidades, como por exemplo, lutadores.
Hoje o número de equipes de ponta do futebol brasileiro que utiliza o treinamento funcional em sua preparação já é maior, porém, ainda muito pequeno. Praticar o treinamento funcional não exige muito investimento, potencializa os resultados e o tempo de treinamento, tão escasso no futebol profissional. Só requer um profissional especialista e com muito conhecimento no assunto, pois se for aplicado de forma incorreta pode até prejudicar. Lembram da preparação física da Alemanha para a copa de 2006? Foi toda funcional, e o resultado foi que mesmo sem ter uma equipe tecnicamente forte, eles chegaram entre os quatro melhores, na 3° colocação, surpreendendo até mesmo a sua torcida, sem ter tido nenhuma lesão mais grave, apenas alguns atletas que já vieram de seus clubes com pequenas lesões.
Bons treinos!
Fabiano Piassarollo
"Core Life Performance"
(51)-9198-4039/3337-8924
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