quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Quando o problema está no Quadril- Jornal Zero Hora 10 de agosto.




FUTEBOL
Quando o problema está no quadril
Estudo mostra que lesão de ligamento cruzado anterior do joelho tem relação com pouca mobilidade na região da cintura

O que você lerá agora estará, em setembro, nas páginas de uma revista americana de medicina, daquelas que viram uma espécie de orientação para especialistas de todo mundo. E deve ajudar a prevenir a lesão mais temida entre os jogadores de futebol – profissionais, amadores ou até mesmo crianças. A novidade é que um trabalho de pesquisa gaúcho comprovou relação entre ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho e pouca mobilidade na região do quadril. Significa que os atletas com essa deficiência têm maior probabilidade de lesionar o joelho e ficar pelo menos seis meses sem jogar. Este é o tempo mínimo de recuperação. – O movimento do quadril se reflete no joelho. Quanto menos mobilidade, mais carga no joelho – explica o ortopedista João Luiz Ellera Gomes, professor-doutor de graduação e pós-graduação da Faculdade de Medicina da UFRGS e do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.A melhor notícia, porém, é que o estudo coordenado por Gomes em parceria com Jaqueline Vieira de Castro, fisioterapeuta e professora da Ulbra, e Ricardo Becker, ortopedista, oferece a possibilidade de prevenção do problema – principalmente entre os mais jovens. O primeiro passo, porém, foi estabelecer a relação entre joelho e quadril. Entre 2006 e 2007, o trio realizou testes com 100 jogadores de futebol amadores e profissionais. Na amostragem, metade já havia sofrido lesão de ligamento cruzado anterior. Pois entre estes atletas, 65% produziram resultados acusando deficiência de mobilidade no quadril. Na parcela sem histórico de contusão grave no joelho, 30% dos examinados demonstraram problemas no quadril. Em outras palavras, têm alta propensão de romper o ligamento cruzado anterior. No entanto, o mais surpreendente é que o problema no quadril funciona como uma espécie de mal oculto: nenhum dos jogadores submetidos ao teste reclamou de dores ou mínimo desconforto. Isto só aumenta a necessidade de exame preventivo como o feito por Gomes, Jaqueline e Becker. Falta, portanto, dar visibilidade à descoberta. Esta parte, pelo menos, ganhará impulso com a publicação na revista americana Arthroscopy, órgão oficial da Sociedade Internacional de Artroscopia, Cirurgia de Joelho e Medicina do Esporte. Concluído em janeiro deste ano, o trabalho recebe um verniz de credibilidade ao aparecer em uma publicação internacional. Mas o alvo principal dos autores não é exatamente o público internacional. Melhor será atingir aqueles com contato direto com esportistas ou candidatos a esportistas – crianças, portanto. – Isso tem que ser divulgado entre professores de Educação Física e preparadores físicos. Eles podem alertar os atletas e orientar exercícios específicos – afirma Gomes.O ideal, a longo prazo, é que os professores detectem eventual problema no quadril em crianças e adolescentes e os encaminhem para outro esporte, se necessário. Significa abandonar o sonho de ser jogador de futebol em nome da saúde. Uma escolha difícil, sem dúvida. CARLOS GUILHERME FERREIRA

Matéria muito interessante, publicada no jornal Zero Hora, 10 de agosto de 2008. Mais uma vez comprovado que um corpo forte e sem mobilidade é mais suscetível à lesões.
Parabéns aos profissionais que realizaram o estudo.
Complementando a matéria link com maiores detalhes:http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default2.jsp?uf=1&local=1&source=a2107093.xml&template=3898.dwt&edition=10446

Fabiano Piassarollo
"Core Life Performance"
51-9198-4039/3337-8924

Um comentário:

  1. " então deve-se acrescentar trabalhos de mobilidade ,flexibilidade ,alongamentos e fortalecimento do quadril, bem como do quadriceps e posteriores da coxa. observando-se sempre a individualidade biológiga e o grau de treinamento de cada individuo."

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