segunda-feira, 5 de julho de 2010

O futebol tem de ser funcional


Atualmente o futebol está baseado principalmente no conceito tático e também no físico, o que está evidente nessa atual copa do mundo, onde a técnica e a qualidade dos jogadores está ficando em segundo plano. Cada vez mais os jogadores correm distâncias maiores com altas velocidades, o que exige muita potência e resistência dos atletas.

Pela experiência que tive no futebol, não basta apenas tornar o atleta forte e potente com os tradicionais exercícios de força  potência, pois o atleta perderá e muito da sua mobilidade, essencial para o jogador. Outro fator importante a ser ressaltado para que os exercícios de preparação física sejam funcionais, reside também no fato do futebol ser um esporte que expôem o atleta a uma incidência elevada de lesões. O treinamento funcional tem a capacidade de tornar o jogador forte, ágil, resistente, veloz, além de prevenir lesões. A especificidade do futebol também é mais uma fator que favorece a aplicação do treino funcional no futebol.

Uma seleção que quebrou paradigmas na copa anterior e ainda segue, é a Alemanha, que mudou a essência de sua preparação física, que hoje e em 2006 foi baseada no treinamento funcional. E os caras estão chegando, superaram a Argentina com muita qualidade e vigor físico, além de grande disposição tática, passaram pelos argentinos com superioridade. Lesões na Alemanha? Poucas, reduzidas pela implementação do treinamento funcional.

E já que toquei nesse jogo, ali estavam Alemanha e Argentina, minhas favoritas para a copa, a Alemanha pela força, determinação tática e pela preparação física funcional, já a Argentina pela qualidade técnica de seus atletas. E confesso que a Alemanha esta surpreendendo pela forma de jogar com muita técnica, além da tradicional força e desenho tático.

O Brasil, pelo menos para mim, nunca foi favorito, embora essa copa está fácil de se ganhar, mas vimos o que aconteceu. Mas alerto para a especialização dos treinadores, será que Dunga e Maradona estudaram para trabalhar como técnicos de futebol, esses que geralmente são chamados por seus atletas como professor, será? Acredito que não, são apenas ex-atletas, Dunga sempre foi contestado, talvez até no tetra, Maradona, sempre ídolo na Argentina, mas e aí, na hora em que as equipes precisaram de comando para reagirem em campo, faltou conhecimento, estudo, e experiência, pois nunca exerceram esse cargo anteriormente e já caíram em seleções. Se assumiram o posto, vão a luta, estudem, se preparem, busquem conhecimento estratégico e psicológico para trabalharem no futebol. Não basta ser ex-atleta e vencedor em campo, tem de sentar e ler aquilo que transmite conhecimento para a prática, que não existe sem a  teoria e vice-e-versa.  Para o Brasil faltou controle emocional de atletas e de Dunga. Só para lembrar, o médico do Brasil que está lá há muitos anos, levou uma semana para detectar um edema no osso de Elano, UMA SEMANA para realizar um exame de imagem mais específico e detalhado da região, e estamos falando do esporte de alto rendimento e com grande investimento financeiro, então, estranhei muito aquela coletiva após o treino físico, uma semana após alesão... não dá para entender, mas os profissionais se acomodam ficando como intocáveis na CBF, e assim é como o presidente vitalício da entidade.

Agora é Espanha e Alemanha, e a Espanha tem "cozinhado" o jogo com seu toque para lá e para cá, veremos se supera a Alemanha que viráa muito motivada pela excelente atuação diante da Argentina.

Mas não esqueçam, o treino de futebol deve ser cada vez mais funcional.

FROM THE CORE

Fabiano Piassarollo

"Core Life Performance"
fabianopiassarollo@terra.com.br

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